A escolha dos apetrechos para a higiene bucal – parte I

Postado Por Categoria: ABO Jornal NH

Colaboradora: DRA. ALINE GRANGEIRO PILGER

Como já é do conhecimento da maioria da população, o que nos garante saúde bucal é, principalmente, o cuidado que temos com a sua higienização, desde os dentes até mucosas e língua. A escolha dos materiais corretos para esta tarefa é muito importante. Começaremos com a escolha da escova. Ela deve ser macia, para não machucar a gengiva, já que a escova deve fazer um ângulo de 45 graus com a mesma (significa uma pequena inclinação em direção a ela). O movimento que devemos fazer com ela é rotatório ou da gengiva em direção aos dentes, e nunca um movimento de vai-e-vem (este só deve ser feito na face oclusal dos dentes, isto é, aquela que morde), pois este movimento está ligado com a retração gengival, dependendo da força empregada pelo usuário da escova. Ainda referente à escova, esta deve ter uma cabeça compatível com a abertura bucal do usuário, e acredito que escovas com cabeça pequena são mais acessíveis a todos os cantos da boca do que escovas com cabeças muito grandes. Por último, procure sempre por escovas com cerdas arredondadas e não muito espaçadas entre si. Atualmente contamos com uma série de boas escovas, de diversas marcas e valores, inclusive oferecendo a possibilidade de movimentos acionados por bateria ou pilha, que são boas opções para pessoas com deficiências motoras ou para dar um estímulo às crianças. É importante que elas sejam trocadas num intervalo de três em três meses e que sejam bem cuidadas durante o seu uso. Existem escovas para situações especiais, como as chamadas uni ou bitufos, ideais para usuários de aparelhos ortodônticos ou para pessoas com terceiros molares em locais de difícil acesso; ou ainda escovas especiais para a higiene de próteses (dentaduras, pontes móveis…) que podem ser encontradas em farmácias ou supermercados.

Dra. Aline Grangeiro Pilger
Cirurgiã-dentista CRO 9239

Comments (2)

  1. Olivia Pastor

    Que demais encontrar um artigo tão prático e esclarecedor como este da Dra. Aline Grangeiro Pilger! É incrível como a gente acha que sabe tudo sobre higiene bucal, mas detalhes tão importantes como a escolha da escova muitas vezes passam batido. Sempre priorizei uma escova macia, mas entender o porquê – para não machucar a gengiva e a importância do ângulo de 45 graus – é um divisor de águas! Lembro de quando era mais nova e achava que escovas mais duras limpavam melhor, um erro que, felizmente, corrigi ao perceber a sensibilidade nas gengivas. É essencial reforçar esses pontos!

    E a parte do movimento? Essencial! A explicação sobre o movimento rotatório ou da gengiva em direção aos dentes, e o alerta contra o “vai-e-vem”, que a Dra. Aline associa à retração gengival, é um conhecimento valiosíssimo que todos deveriam ter. Eu, particularmente, notei uma melhora significativa na minha saúde gengival depois de mudar minha técnica de escovação, seguindo esses princípios. As dicas sobre a cabeça pequena da escova para alcançar todos os cantos e a necessidade de cerdas arredondadas são super úteis, sem falar na regra de ouro de trocar a escova a cada três meses e as opções para casos especiais, como as uni/bitufo para quem usa aparelho. Já estou super curiosa pela parte II!

  2. Sofia Moreira

    O artigo da Dra. Aline Grangeiro Pilger aborda de maneira concisa e pertinente um tema fundamental para a saúde bucal: a escolha e o uso correto da escova dental. A ênfase na maciez das cerdas, a angulação de 45 graus com a gengiva e a execução de movimentos rotatórios ou da gengiva para os dentes são orientações primordiais que merecem destaque. É particularmente relevante o alerta quanto ao movimento de vai-e-vem na face vestibular e lingual, associado à retração gengival, reiterando a importância de técnicas corretas para evitar danos inadvertidos.

    Adicionalmente, a recomendação de escovas com cabeças pequenas para facilitar o acesso a todas as regiões da cavidade oral é um conselho prático valioso. O texto também explora as opções de escovas especiais, como as elétricas — que representam um auxílio significativo para indivíduos com limitações motoras ou para estimular o hábito em crianças — e as uni ou bitufos, essenciais para usuários de aparelhos ortodônticos ou áreas de difícil acesso. Essa diversidade de opções sublinha a necessidade de uma escolha personalizada, adaptada às particularidades de cada usuário, o que, embora não explicitamente detalhado, implica em uma consideração atenta das necessidades individuais.

    Finalmente, a importância da troca trimestral das escovas e a manutenção adequada durante o uso são aspectos cruciais para garantir a eficácia da higiene e a prevenção de contaminações. O conteúdo ressalta que a seleção do instrumento correto, aliada à técnica adequada e à manutenção diligente, são pilares para a prevenção de enfermidades bucais. Seria interessante, talvez em uma parte II, explorar com mais profundidade as nuances da escolha de cremes dentais e outros coadjuvantes de higiene, para oferecer uma perspectiva ainda mais abrangente sobre o tema.

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